Pretende valorizar as memórias comuns de resistência e evidenciar os principais traços do regime ditatorial que submeteu o nosso país durante quase meio século; dar a conhecer o silêncio em que todo um povo foi mergulhado, resgatando-o para ensinamento de toda a comunidade, em especial dos mais novos; partilhar nos nossos dias aspetos das realidades então vividas, organizando-os de modo sistemático e rigoroso; inscrever na vivência coletiva os valores das lutas travadas pela liberdade e pela democracia, com a firmeza da esperança num país mais livre, justo e fraterno; patrocinar o resgate das memórias de luta e de sofrimento, evocando momentos duros e, também, momentos empolgantes da resistência, seguros da vitória que se haveria de alcançar sobre o arbítrio e a violência; assumir a luta contra a amnésia desculpabilizante e, quantas vezes, cúmplice da ditadura que enfrentámos entre 1926 e 1974; remar contra a corrente da desmemória organizada pelas ideologias dominantes nas sociedades contemporâneas; combater essa fabricação de um “presente contínuo”, que torna fácil e eficaz a manipulação, a demagogia e o regressismo “invisível” às piores formas de opressão; dar voz às vítimas e mostrar como é longo e difícil o caminho da sua reabilitação, impondo a verdade e o exemplo sobre o silêncio e o embuste; dar voz às vítimas e mostrar como é longo e difícil o caminho da sua reabilitação, impondo a verdade e o exemplo sobre o silêncio e o embuste; etc.